quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


O primeiro dia em meses, que não fui tão tua.

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Depois de seis meses e alguns dias (já não tão contados no calendário) consegui ser de outra pessoa, não do jeito intenso que tínhamos, mas de um jeito sereno, mais acolhedor tão diferente dos nossos dias. Quando ele me abraçava me sentia segura, sentia que nada podia me afetar e com você não, por que mesmo que me sentisse trezentas vezes mais viva contigo uma parte minha sempre estava morrendo aos poucos, com medo, apreensiva nunca sabendo qual seria o próximo passo, o que haveria depois que a porta fosse aberta, a janela escancarada e estivéssemos sobre olhares, com que personalidade sua lidaria a que quer me ter por perto ou a que me afasta?

Eu pude me mostrar ser livre pra atuar no meu melhor papel, não precisava poupar meu jeito impulsivo e nem mascarar meus receios, veja bem não digo que superou nossos encontros nem nosso jeito de provocar, só digo que me senti parte de algo, gostei de alguém se preocupando com as minhas mãos tão geladas e me aconchegando, sim faltava seus olhos pequeninos me olhando e seu senso de humor arrogante, mas tinha um olhar doce me desvendando e alguém me cuidando. Ainda assim, por segundos lhe comparei, fechei os olhos e quis te contar como o filme que assistíamos era bom, quis escutar suas piadas e saber como anda tua vida sem rumo, mas ainda somos os mesmos que trocavam confidências aos domingos?

Ainda pensamos do mesmo jeito, pelo menos eu não, depois que passou por aqui, passei a ver a vida de outro jeito, paro pra sentir os ventos contrários, sorrio mais do que o costume e tenho um olhar maldoso pras coisas que se aproximam, uns diriam que me congelou, digo mesmo é que me libertou. Aqueles verdes fizeram efeito sobre os meus castanhos e o cacheado loiro se adaptou as minhas mãos, foi verdadeiro como nunca conseguimos ser e sim nunca será como a nós, e isso é o que está me cativando, poder respirar sem pensar em qual próxima fase dita pelas minhas amigas posso avançar.

Voltei me sentindo leve, e sem querer ver seu número no visor do meu celular, mas calma sua nova foto do perfil ainda mexe com a minha estrutura e tua voz me pedindo calma ainda ecoa em minha mente, tu ainda continua aqui, mas de um jeito distante, já sem a vontade insaciável, acho que só sobrou à parte bonitinha de gostar, querer bem… Bem longe se possível, não estragando a nova oportunidade que a vida pôs no meu caminho.

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